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A vida é uma eterna surpresa

  • Foto do escritor: Paula Sousa Ribeiro
    Paula Sousa Ribeiro
  • 7 de fev. de 2023
  • 2 min de leitura

Eu gosto de todas as cores, mais de umas que de outras, é verdade! e talvez esteja demasiado habituada a uma série delas, que a um leque de outras, o que não quer dizer que, por não estar habituada a esse leque, não goste de olhar para ele e, de tantas vezes, mesmo sem me aperceber, desejar que fizessem parte da tal série de cores a que estou demasiado habituada.

Mas aqui, parece-me, que a (minha) questão é mesmo estar habituada ao caminho mais fácil, melhor dizendo, a olhar para aquela determinada série de cores.

Eu sempre digo que o caminho mais fácil não é o melhor caminho, mas mesmo assim, sei que, mesmo sem querer, acabo muitas vezes por cair nele, e nem sequer é por as primeiras serem as cores mais bonitas pois também gosto muito das outras, só que, à medida que o tempo foi passando fui-me desabituando de olhar para as segundas, com olhos de ver!

Mas a vida é uma eterna surpresa e às vezes, mesmo que eu ache que já não tenho aqueles olhos que gostava de ter, e que outrora foram capazes de olhar para o tal leque de outras cores, ela insiste em mostrar-mas para que nunca me esqueça delas, na verdade, sabendo que delas nunca me esqueci e que, aliás, até sinto saudades dos tempos em que os meus olhos, naturalmente, as conseguiam ver.

E é isto, a vida voltou a mostrar-me umas cores daquele leque a que me fui desabituando de olhar e desta vez não vou nem sequer esforçar-me a desolhar, vou, é contrariar o tal caminho mais fácil, a que há anos me fui habituando a percorrer.

E olhar para aquelas cores mesmo devagar devagarinho, está a saber-me pela vida!



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